O Cinema Espanhol no CinecluB no Museu Antropológico
O Cinema espanhol é um dos mais prolíferos do cinema mundial, com o confinamento da COVID, o público teve acesso a produções de todas as latitudes a partir dos streamings e o cinema espanhol teve uma aceitação muito grande a partir das séries como “A Casa de Papel” (2017), “Bis a Bis”(2015), o filme “O Poço”(2019) de Galder Gaztelu-Urrutia, do premiado diretor Carlos Saura que faleceu em fevereiro deste ano e os diversos filmes do diretor manchego Pedro Almodóvar. Os filmes espanhóis vencedores ao Oscar são “Volver a empezar” (1982) de José Luis Garci, “Belle Époque” (1993) de Fernando Truebas, Todo sobre mi madre” (1999) de Pedro Almodovar e “Mar adentro” (2004) de Alejandro Amenábar.
A história do cinema espanhol iniciou em 1897, eram produções de metrópoles, principalmente em Barcelona, Valência e Madrid, com imagens ligadas às tradições populares envolvidas com o teatro, a literatura e as plásticas. Neste período o Rei Alfonso XIII com reinado de 1886 a 1931 foi um incentivador ao cinema pornográfico na Espanha, patrocinando os cineastas Ricardo e Ramón Baños na produção de filmes de conteúdo pornográfico entre 1915 e 1925, filmes que eram realizados no bairro chinês de Barcelona.
O Cinema de Terror e Suspense Espanhol tem diversos representantes como a série de filmes “REC” (2008) de Paco Plaza e Jaume Balagueró, que teve um Remake americano em “Quarentena” (2008) dirigido por John Erick Dowdle, que não teve a mesma repercussão do espanhol. Outro filme de Paco Plaza é “Verónica” (2017) que teve boa aceitação da crítica e teve premiação no Goya, o Oscar espanhol, pelo melhor som. O mexicano Guilherme del Toro realiza os filme espanhóis “A Espinha do Diabo” (2001) e “ O Labirinto do Fauno”(2006) que retratam o terror da Guerra Civil Espanhola envolvendo fantasmas, o diabo e a fantasia. “Porquinha” (2022) é um filme premiado pelo Goya pela direção e roteiro de Carlota Martínez-Pereda que apresenta uma produção bem elaborada.
O CinecluB exibirá o filme “O dia da besta” do realizador basco Álex de la Iglesias (1995), um dos principais diretores do cinema espanhol. Seus principais filmes são “Balada de Amor e Ódio” (2010), “Perfeitos Desconhecidos” (2017) e “O Bar”(2017). O filme “O dia da besta” é uma sátira espanhola sobre um sacerdote basco que deve salvar a humanidade do Apocalipse evitando o nascimento do Anticristo na cidade de Madri. A sátira reproduz a sociedade espanhola num filme hilariante e divertido. O filme recebeu diversas premiações do Goya por Melhores efeitos especiais, ator revelação a Santiago Segura, melhor direção, melhor maquiagem e cabelo, melhor som e melhor direção artística. Não é um filme de terror tradicional, porém é um filme debochado que produz bons momentos de entretenimento.
O filme será exibido no Museu Antropológico da UFG na Praça Universitária pelo CinecluB coordenado pelo chileno Rafael Sepulveda e comentado pela realizadora de cinema de terror Amanda Ramos e pelo professor e representante do Cineclube de la Muerte, Samuel Vaz. Na sexta-feira, 28 de abril às 19 horas. Não perca.
Por Francisco Lillo
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